Depressao Infancia Adolescencia - Risco de Suicidio

Os investigadores identificaram outros factores influenciadores para além da depressão. Um deles, muito importante, tem a ver com as tentativas feitas anteriormente. 

Uma criança que já tenha tentado cometer suicídio corre mais risco de voltar a tentar. 

Outros factores de risco incluem a presença de outras doenças mentais para além da depressão, como por exemplo, distúrbios alimentares, psicoses, ou abuso de substâncias. 

Acontecimentos traumáticos na vida da criança, como a perda ou separação de um pai, na adolescência, o fim de uma relação amorosa, abuso físico ou sexual, ou isolamento social podem aumentar o risco de suicídio, especialmente se estes acontecimentos levarem a depressão. 

Pensamentos e comportamentos suicidas são comuns na juventude, especialmente durante a turbulenta fase da adolescência. Estudos indicam que um em cada seis jovens tem pensamentos suicidas. Felizmente, apenas uma pequena parte destes jovens morre devido a suicídio. 

Cada suicídio é uma tragédia

Sendo o suicídio um sintoma de depressão, o tratamento ideal para crianças e adolescentes com depressão inclui uma especial atenção nos comportamentos e pensamentos suicidas. 

É importante lembrar que os pensamentos e comportamentos suicidas irão decrescer com o seu devido tratamento. 

Falar com o adolescente sobre o suicídio irá aumentar o risco de ele se tentar magoar? 

Qualquer tipo de pensamentos e comportamentos suicidas numa criança ou adolescente é um sinal claro de sofrimento e deve ser levado muito a sério por médicos, pais, membros da família, professores, etc. 

Os psiquiatras descobriram que, quando um jovem fala acerca de pensamentos suicidas, normalmente abre-se uma oportunidade em discutir a necessidade de tomar medidas de protecção, como a de procurar um tratamento_apropriado. 

É muito mais preocupante e potencialmente perigoso um jovem com depressão que esconde o facto de ter pensamentos suicidas.

Como posso ter a certeza de que o meu filho sofre de depressão? 

Qualquer adulto presente poderá notar indicadores de depressão numa criança ou adolescente. 

Se suspeitar da presença de uma depressão, procure um diagnóstico mais preciso. Um diagnóstico realizado por um especialista será indispensável para traçar um plano_de tratamento. 

Embora os sintomas sejam de fácil percepção, a depressão nem sempre é uma doença fácil de diagnosticar. 

Nas crianças, os sintomas clássicos podem ser confundidos com comportamentos normais da idade. Para além disto, muitas das crianças deprimidas têm uma segunda condição psiquiátrica. 

Pelo menos cinco dos seguintes sintomas deverão estar presentes o suficiente para interferir o seu funcionamento diário, no prazo mínimo de duas semanas. 

Sinais e Sintomas de Depressão Frequentes nos adolescentes

A Melancolia durante a maior parte do dia, irritabilidade, interesses em letras de músicas que sugiram que a vida não tem sentido, perda de interesse em actividades, perda ou ganho significativos de peso, frequentes queixas de dores físicas, insónias ou hipersonias, agitação, falar acerca de fugir de casa, baixa auto-estima, sentimentos de culpa, dificuldade de concentração, fraca performance escolar, comportamento suicida. 

A depressão é uma forma do grande grupo de desordens hormonais, também chamadas desordens afectivas. 

Estas incluem:

• Distimia

Desordem cujos sintomas geralmente são ligeiros. Outra forma desta doença é a desordem_bipolar que alterna períodos de depressão com períodos obsessivos. 

A desordem bipolar aparece em primeiro lugar como um episódio de depressão. 

Os investigadores descobriram que tratar uma depressãobipolar com medicamentos antidepressivos pode acentuar a fase obsessiva da doença. Crianças com um historial familiar de desordem_bipolar necessitam de um tratamento especial que deverá ser discutido com o psiquiatra. 

No que deverá consistir o tratamento da depressão na adolescência? 

O psiquiatra do seu filho, com a sua ajuda, irá desenvolver um plano de tratamento. 

Este plano normalmente inclui a combinação de psicoterapia com medicação. Também poderá incluir terapia familiar, ou trabalho a ser feito em parceria com o conselho directivo da escola que o seu filho frequenta. 

O psiquiatra poderá discutir com o seu filho os riscos e benefícios do tratamento, o que pode ou não incluir medicação. Um dos medicamentos antidepressivos, fluoxetina, ou Prozac está aprovado como possível de ser utilizado em crianças e adolescentes. Entre as 30% e 40% das crianças ou adolescentes que não respondem à medicação inicial, um número substancial irá responder a uma medicação alternativa. Se não notar melhoras na condição do seu filho dentro de seis a oito semanas, contacte o psiquiatra para fazer um reajustamento de medicação. 


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